Apenas Uma Estrela em Uma Imensa Galáxia
Por Robert J. Tamasy
Recentemente minha esposa e eu assistimos a um excelente filme, “Enquanto Estivermos Juntos”, baseado na história do músico e compositor Jeremy Camp, e na tragédia que moldou sua vida de forma dramática. Em determinado ponto, aquela que em breve seria a namorada de Camp, está em um museu olhando para uma pintura do universo e diz: “Eu sou apenas uma estrela em uma imensa galáxia.”
Aquela simples observação me impressionou, especialmente quando Camp respondeu: “Mas algumas estrelas brilham mais do que outras.” Você já olhou para o céu em uma noite sem nuvens e admirou-se com as estrelas? A olho nu, vemos somente uma pequenina fração dos bilhões de estrelas que os astrônomos nos dizem que existem no universo. Sendo assim, que diferença poderia fazer uma estrela? Muita, na verdade.
Se voltarmos para bem perto da nossa casa e considerarmos a estrela que chamamos de sol, sabemos que sem ela a vida na terra não seria possível. Para nós ela parece uma enorme bola de fogo, muito embora se comparada a muitas estrelas numa miríade de galáxias, ela esteja entre as menores. Contudo, nós e toda a vida em nosso planeta, dependemos dela para termos calor, iluminação, e muitas outras coisas induzidas pela luz, como a fotossíntese, por exemplo.
Assim, ser “apenas uma estrela numa galáxia imensa” não significa que não temos importância. Eu amo a história de um homem que corria pela praia, recolhendo objetos algumas vezes, e depois lançando-os de volta no oceano. Quando um passante lhe perguntou o que estava fazendo, o homem respondeu: “Jogando estrelas do mar de volta na água para que elas não morram.” A pessoa de passagem replicou: “Mas existem centenas de estrelas do mar na praia. Você não pode salvar todas elas. Que diferença você pode fazer?” Sem levantar os olhos, o corredor pegou outra estrela do mar, correu para o oceano e a lançou na água. “Eu fiz a diferença para essa ali”, ele declarou.
Vamos ajustar o foco ainda mais, direcionando-o para aquilo que fazemos no ambiente de trabalho. Alguns aspiram tornar-se o próximo líder empresarial internacionalmente conhecido, enquanto outros sonham ser aquele que vai mudar o jogo, um inventor, inovador ou visionário. Mesmo que conquistemos esses status, ainda podemos nos tornar aquela única estrela que faz a diferença.
Executivos e supervisores podem ser mestres, treinadores
encorajadores e até mesmo amigos para empregados com potencial promissor. Eles podem se tornar mentores, compartilhando experiências e conhecimento para ajudá-los a tomar as decisões-chave na carreira e na vida. Todos nós podemos influenciar positivamente colegas de trabalho e nossos pares de diversas maneiras. “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro.” (Provérbios 27:17).
Devo muito a pessoas que exerceram um forte impacto em minha vida: um professor do ensino elementar que disse a meus pais que eu certamente iria para a universidade; o instrutor de inglês da faculdade que me encorajou a ser escritor; o editor que gerenciava um jornal de subúrbio e me deu dicas profissionais que muito me ajudaram durante minha carreira como jornalista; meu primeiro chefe no CBMC que se dispôs a trabalhar comigo, um “diamante bruto”, de forma que expandi meus horizontes, tornando-me editor de revistas e autor.
Pessoas que têm familiaridade com a Bíblia conhecem o apóstolo Paulo que escreveu grande parte do Novo Testamento; nem tantas pessoas assim conhecem Barnabé, seu corajoso mentor. Moisés levou os israelitas para fora do Egito, mas foi seu pupilo, Josué, que os guiou para a Terra Prometida. O profeta Elias treinou seu sucessor, Eliseu, para ser instrumento de Deus na realização de milagres ainda maiores. Se você achar que é “apenas uma estrela em uma galáxia imensa”, considere a quem você pode ajudar a brilhar mais do que as outras.
Próxima semana tem mais!