Oc 08 11 PINDURA'
Sabe o que é ? em 11 de agosto costume paulista comemora...
Saiba mais
‘Como o louco que atira tições, flechas, e morte,
_ assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira’ Pv 26.18-19 ( quer dizer que o costume é velho...) J
Explicando uma tradição paulista: DIA DO PINDURA...(porque antigamente, quando não se tinha dinheiro para pagar a conta,pedia ao dono da vendinha para pendurar num prego um papelzinho com o valor da compra que depois a pessoa pagaria ' Essa prática era chamada comprar fiado )
Tira essa conta da mesa ! ! !
Parece bastante interessante chegar a um restaurante, sentar, fazer o pedido, encher a pança e depois sacar uma carta ao som de uma música engraçadinha e não pagar nada. Mas não se anime muito, porque esse é um privilégio apenas dos estudantes de Direito, em Sâo Paulo
'Todo ano aparece um grupinho fazendo ' Pindura', diz o gerente de restaurante Edílson, 41. Mas é bom que os espertinhos que estão pensando em abocanhar um rango 'na faixa' saibam que os restaurantes sempre conferem se os alunos são mesmo estudantes de direito, ainda que apresentem o ofício.
Agora, se você faz mesmo o curso e estava na dúvida se arrisca ou não a Pindura, vai se animar com o que disse o manda-chuva da mina alimentícia: 'o procedimento é dar uma boa canseira, uma espera de duas horas, coisa assim, mesmo sabendo que no final eles não pagarão mesmo. Mas sempre conservando o bom senso e o humor', revela Edilson. Bom senso que os dois lados devem ter, diga-se.... Com o crescimento do número de cursos de direito e alunos brincando não é todo estabelecimento que aceita o 'Pindura , e os que abrem espaço sempre preferem a pindura agendada, chamada de 'Pindura Diplomática'.
E a Pindura começa... O dia da Pindura foi instituído quando Dom Pedro inaugurou o primeiro curso de Direito do Brasil, no Largo São Francisco, em 11 de agosto de 1827. No início os comerciantes da região central da cidade, onde fica a faculdade, começaram a servir refeições aos estudantes de Direito como forma de apoio e de parabenizá-los pelos estudos. O número de alunos foi crescendo e o apoio dado pelos restaurantes se tornou inviável. Foi então que foi criado o Dia da Pindura, como uma forma divertida de comemorar a inauguração da faculdade e lembrar o importante ato do monarca.
Brecha na lei deixa tudo legal _ Na verdade não é que a lei permite, mas tem uma famosa 'brecha' que ajuda a tradição a se perpetuar. A essência da Pindura é o chamado 'animus jocandi', que em latim significa 'intenção de brincar', e confere uma aura bem mais leve ao que poderia ser facilmente enxergado como um roubo. Segundo a estudante do quinto ano de Direito da USP, Cristina Emy, a lei apresenta uma brecha que facilita que a brincadeira, às vezes bastante folgada, cole. 'A lei especifica que não é permitido que alguém usufrua de um bem ou serviço se não tem dinheiro para pagar, mas a brincadeira não se encaixa neste artigo uma vez que não se trata de não ter o dinheiro, mas sim de não querer pagar', diz.
Isso impede que o brincalhão seja configurado como um tipo penal, ou seja, que teve a intenção de não de pagar porque não tem o dinheiro. De acordo com o que contou Cristina, o que justifica mesmo a Pindura comemora a inauguração da primeira faculdade de Direito no Brasil. O dia 11 de agosto também é o Dia dos Cursos Jurídicos e o Dia do Advogado, o que abre espaço para que os estudantes de todas as faculdades se apropriem da tradição. Há quem defenda que só os estudantes de Direito da USP, a São Francisco, é que podem fazer a famosa Pindura.
Polêmicas à parte, o fato é que hoje, além dos quase 500 alunos da São Francisco, existem milhares de outros estudantes das mais variadas faculdades que aderiram à brincadeira. 'Muitos alunos da São Francisco, principalmente nos últimos anos do curso, desistem de fazer a Pindura, pois os restaurantes estão saturados', diz Cristina.
Manual e modalidades da Pindura
A Pindura tradicional funciona da seguinte maneira: os estudantes comem e depois leêm o oficio, fazem um discurso, cantam as músicas, e vão embora. Dentre as letras, a mais famosa é essa:
'Garçom, tira a conta da mesa,
E ponha um sorriso no rosto
Seria muita avareza
Cobrar no XI de agosto'
Aí o restaurante cola o ofício na porta como quem diz: 'Aqui não pode mais, já teve'. Mas com o grande aumento de tentativas de pendurar a conta, os restaurantes estão dificultando bastante e até proibindo a brincadeira. Não são poucos os casos de gente que viu o sol nascer quadrado por um dia ou tomou um chá de cadeira na delegacia. É lógico que o assunto é cheio de mitos e é difícil ter certeza o que realmente é verdade. Cristina conta que, reza a lenda, um grupo de alunos fez uma festa enorme de casamento com dois noivos fantasiados e na hora de pagar, dá-lhe ofício! É demais, né.
Exageros a parte, fazer Pindura está cada vez mais difícil,
o que faz surgirem outras três variações da modalidade:
A Pindura Diplomática, autorizada. Fica tudo combinado em uma ligação prévia: número de pessoas, horário, os pratos e o que vai ser pago (geralmente paga-se o serviço ( 10% da conta e as bebidas , e não pode bebida alcoólica).
Depois tem o outro extremo: A Pindura Famigerada. O povo come muito e larga o ofício em cima da mesa e sai correndo. Não parece muito compassada com a tradição...
E para passar um pano e mostrar que os centros acadêmicos estão cumprindo o seu papel de pensar e se reocupar com a inserção política e social, o C.A. XI de Agosto, da Faculdade São Francisco, fez em 2001 a Pindura Social, onde quem comia eram as pessoas necessitadas. Em vez de dar um prato aos alunos, ao restaurantes eram convidados a ajudar em mega sopão para esquentar a barriga dos moradores de rua.
_ Uma boa pedida, não?
Extr _ http://jovem.ig.com.br/materias/324501-325000/324611/324611_1.html
J Este é um costume antigo, e não sei se a juventude de hoje, ou os que vivem em São Paulo, sabem disso... Muitos costumes começam com boa intenção,
_ mas a índole pecaminosa da natureza humana acaba desvirtuando tudo. A Bíblia diz ‘
‘Como o louco que atira tições, flechas, e morte,
_ assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira’ Pv 26.18-19 ( quer dizer que o costume é velho...) J