Durante as últimas Olimpíadas testemunhamos um recorrente princípio em ação: um bom começo não garante um bom final. Corredores que de início lideravam caíram para as últimas posições no final da corrida. Nadadores com uma saída rápida perderam para competidores que demonstraram mais força no final. Ginastas com boa apresentação na primeira parte de suas rotinas cujos desequilíbrios ou escorregões que lhes custaram muito caro. No passado escrevi acerca da importância de terminar bem – e das dificulda-des para conseguir isso. No dia a dia do mundo profissional vemos o mesmo fenômeno, em extremos opostos: admirados executivos caindo em desgraça devido a escândalos éticos; jovens empregados que iniciaram carreiras como futuras estrelas da empresa, mas que acabaram tendo performances medíocres. Como podemos nos assegurar de que a promessa de um bom começo resulte em um bom final? Considere isso: A chave
> para terminar bem consiste em estar disposto a não terminar tudo.
O que isso significa? Alguns indivíduos são descritos como “pau para toda obra, perito em nenhuma delas”. Basicamente isso quer dizer não ser excelente em nada.
Terminar bem requer um claro sentido de propósito aliado a uma boa compreensão do que você faz bem – e daquilo que não.
A pessoa bem-sucedida, aquela que termina bem, é geralmente a que tira proveito de suas forças devotando grande parte de seu tempo e energia a áreas onde essas forças possam ser maximizadas. Isso pode significar não terminar algumas coisas se não sabemos fazê-las bem ou que não valham a pena fazermos.
Por exemplo, sou pessoa com visão mais ampla, e descobri ser útil contar com alguém que supervisione os detalhes importantes para mim sempre que possível. Anos atrás, disse a meu executivo assistente : “Seu trabalho é apanhar as coisas antes que eu as deixe escapar pelas frestas” (o que é minha tendência). Sou fraco em lidar com detalhes, então ao invés de dedicar uma energia mental considerá-vel tentando não esquecê-los, é melhor encontrar alguém mais capacitado nesta questão do que eu.
Alguém já disse: “Se você quiser que algo seja feito, encontre alguém ocupado para fazê-lo”. Porém isso pode significar privar outra pessoa daquela oportunidade. O escritor devocional britânico Oswald Chambers já disse: “O bom é inimigo do melhor”. Aplicando isso às Olimpíadas: alguns dos atletas poderiam ter se dado bem em outros esportes, mas determinaram em qual eram melhores e se dedicaram a ele. Resultado: distinguiram-se e foram campeões.
Em vez de serem bons em um esporte, tornaram-se excelentes em outro.
Relacionando essa realidade com o ambiente de trabalho, existem muitas coisas que podemos fazer bem como empresários e profissionais. A pergunta é:
qual é a melhor coisa para fazermos – coisas que somente nós podemos fazer? Faça essas coisas. As coisas boas podem ser feitas por outras pessoas. Eis o que a Bíblia diz sobre isso:
1- Nunca perca o seu foco. Precisamos ter uma compreensão clara de para onde estamos indo e não permitir distrações e obstáculos que nos tirem do rumo, mesmo que sejam atraentes. “Aproximando-se o tempo em que seria levado aos céus, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém” (Lucas 9:51).
2- Mantenha os olhos na linha de chegada. Qual é o seu objetivo? Qual é sua missão? Estas respostas o capacitarão a distinguir o “bom” do “melhor” em sua vida pessoal e profissional. “Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:14).
Próxima semana tem mais!