Cada Dia, o Ano Todo!
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    Reflexões
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    Publicações

*06.14 ...Amar é...
*10.31 ( 2 ) Reforma oc
*06.12 Dia dos Namorados *oc
*01.01 Paz e Segurança rfx
*08 21 ( 7 ) BATALHA ESPIRITUAL oc Rv
*08.27 ( 12 ) QUEM é O INIMIGO? oc Rv
*10.06 ( 2) como CRIANÇAS! oc
*10.07 ( 3 ) criança CRESCE oc
*10.16 (4) ..ENSINA! .. rfx
*11.02 Quem são os santos ? oc...
*11.04 Oc..Dia dos Mortos
*11.09 >> Dia Nac. da EBD 2o dom.
*11.15 > dia da R E P Ú B L I C A oc
*12.14 dks 4 - Antecipando dks
*12.01 dks 1 - frisson de Natal
*11. 23 Antecipe o Natal nov dks
*10 32 ( 3 ) Reforma e Apocalipse oc
*12.12 ( 2 ) O que é O NATAL ? oc
*12.13 ( 3 ) X Nomes de Jeová oc
*..Vc ama a Deus?
*12.22...Cântico de Zacarias
*12.08 .X ..Há Natal porque...
*11.18 ( 2 ) Bandeira, para quê?
*02.17 carn- A quem engana? rfx
*12.06...X Bela Mensagem (IBR) oc
*12.16 dks 6 - Natal, na cozinha? dks
*12.18 dks 7 - Check-in to Christmas ! dks
*02.09 Carnaval : o que fazer? rfx
*01.25 ...Anchieta oc
*12.30 _ Profecias rfx
*01.06- Dia dos Reis magos
*05.10 dia das mães: como começou? oc
*03 09 dia do sogro (09.03) oc
*03.31 Revolução de 64 31.03 oc
*04.08 domingo de RAMOS
*04.01 dia da MENTIRA 01.04 oc
*04.20 sobre LIBERDADE oc
*05.19 LIVRES por Jesus ! oc
*05.01 Dia do Trabalho 01.05 oc
*05.28 IGREJA: VC FAZ PARTE? ( 5 ) oc
*06.26 A IGREJA oc
*08.03 o que é ...S E R ... Pai ! oc
*09.07 > I N D E P E N DÊN C I A oc
*09 21 Primavera * oc
*11.16 ...ESCOLHAS oc
*06.21 FOME de AMOR oc cs
*10.17 ( 3 ) Deus que ensina oc
*02.24 CINZAS Por que Cinzas ? rfx
*04.28 Dia da sogra , 28.04 oc
*05.12 GRAÇA às mães oc
*06.11 Comemora _ dia oc
*07.07 feriado - julho dia 09
*07.09 > 9 de julho! oc
*07.08 Dever de consciência oc
*09.24 ...'Febre' da Primavera * dks
*10.13 ...sobre idolatria oc
*11.03 Oc...Idolatria,Hist
*11.28 ( 5 ) GRATIDÃO ( Maná)
*11.25 ( 2 ) Dia de Graças. LEI oc
*12.16 ...Símbolos do Natal
*02.19 carn - Sexo ilícito rfx
*02.07 carn- Origem do Carnaval
*02.28 Quaresma oc
*02.27 cinzas SANTIFICAÇÃO oc
*02.02 Cadernos em branco rfx
*02.06 carn- Quem diz a data ?
*04.17 SEMELHANTES A ELE oc
*03 21 fase da vida : Outono oc
*01.09 ...Dia do Fico: 09.jan
*04.19 Dia do índio 19.04 oc
*05 09 CARTÃO p/ s/ mãe oc
*05.14 E o pai com ISSO ? oc he
*06.29 festas JUNINAS oc rfx
*11.05 Oc_ Origem do dia dos Mortos
*11.20 ( 1 ) .Consciência negra oc
*11. 22 ( 3 ) O que acontece? oc
*11.24 ( 1 ) Thanks- Hist. oc
*03.30 *Golpe de 64 31.03 oc
*04.21 DIA de Tiradentes, 21.14 oc
*05.03 sobre o Trabalho oc rfx
*05.18 A B O L I Ç Ã O > dia 13.05 oc
*02.11 carn- Cristão se diverte? rfx
*06.25 Catolico CChristi oc
*06.29 ...Aquecer relacionamentos oc rfx
*09.23 ... Estações do Ano* rfx
*07.05 SAIR UM POUCO ... oc
*07.20 > H O M E M na L U A oc
*08.11 dia do P I N D U R A ??? ' oc
*08.20 ( 6 ) QUEM É ... o INIMIGO do casal ? cs Rv
*05.20 Efeitos da libertação oc rfx
*06.05 dia da ECOLOGIA oc
*06.20 AVALIAÇÃO oc cs
05 10 mãe requer PAI oc he
*12 02 dks 2 - PRÁTICAS dks
*08.04 Elo entre gerações oc he
*08.05 Pais de filhos crescidos he
*10.08 ( 6 ) Educar dá trabalho...oc
*10.14 ..cristão tem ídolos? oc
*10.33 costume: Esclarecendo
*01.08 O reino de Deus (jan)
*12.17 ...Origem do Natal
.X.. 01 de janeiro d.e
*01.07 OS SÁBIOS...oc
*01.25 ...Pequenos Começos oc rfx
*02.23 CINZAS -Agora é CINZAS* rfx
*12.23 X O que vc vê... rfx
*02.01 aulas Volta às aulas dks
*03.20 Início do out 20.03 oc
*04.02 COMO começou ? oc
*04.20 Deus Bom e Severo: oc
*05.13 QUEM CUIDA ??? oc
*06.02. Dentro.Fora da IGREJA oc
*09.26 ( 2 ) Renovação espiritual oc
*06.27 Igreja, a Noiva! oc
*07.13 ...C O P A do M U N D O oc
*11.14 ...ORA, BRASIL !
*09.29 ( 4 ) Renova o íntimo oc
*12.10 dks 3 - PRECISA, mesmo ? rfx
* Bíblia em português oc esc
*.Início do V E R Ã O oc
*12.24 ...Missa do Galo oc
*03.22 ÁGUA !!! 22.03 oc
*03. 19 outono:*Tempo de Frutos 21.03 oc
*04.10 x dom de Ramos: PROVOCAÇÃO oc
*05.11 Mãe, que presente quer ? oc
*05.21 A S C E N Ç Ã O de Jesus ( 2 ) oc
*06.26 CORPO DE CRISTO...oc
*06.13 'paixonite' ACABA oc rfx
X... Ascenção de Jesus: orar d.e
...Dia dos Namorados origem 06 d.e
*06.28 Início do Inverno oc
*07.10 > D I A da P I Z Z A oc
X ...07.14 Liberdade de Pensar 14.07 d.e
*08.02 MÊS dedicado aos P A I S oc
...DISCRIMINAÇÃO 19.JUNHO d.e
...Independência Hist 09 d.e
*10.01 ...Ainda é Primavera* dks
*02.10 CARNAVAL: o mundo cai na farra.. esc
*10.19 ... Leis da aerodinâmica
*10.29 ( 3 ) sobre a DATA , d.e
*10.30 ( 1 ) Cinco 'Solas' ... oc
*11.26 ( 3 ) Em tudo... oc
*12.29 Por que ANO NOVO ?
*02.28 ANO BISSEXTO 29.02
*04.20 liberdade no Espírito rfx
*04.22 DIA da Terra oc
*06.24 comemora O QUÊ? 20.06 oc
*07.01 Abordagens oc
*02.25 PECADORES SALVOS rfx
*07.05 tempo de E L E I Ç Õ E S , prs
*09.06 Saber o passado oc
*11.17 ( 1 ) Símbolos Nacionais d.e
*11.21 ( 2 ) Negros ilustres oc
*10.02 ... Sendo eficaz out. dks
*01.01 O tempo não existe oc
*12.21 ... Por que 25 de dezembro?
*12.31 Onde começa o ANO NOVO ?
Oc ...Primícias, PENTECOSTES
*02.08 carn- ProgramA os feriados oc Ldr
...Carnaval : ler Gênesis esc
*04.23...Por que a Terra?
*05.15 UM + UM = UM ? * oc rfx
*05.16 ...Percepções diferentes* oc
*05.08 Cruz vermelha 08.05 oc
*06.16 VerddS : importa saber oc cs
*06.18 Agradar a Ela oc cs
*06.19 AGRADA a ELE to her oc s
*02.13 carn- Alegrias vãs cL T
*07.03 ONDE LEVAR AS CRIANÇAS ? SP oc
*02.03 aulas- Dando exemplo oc dks
*08.23 ( 9 ) TÁTICAS em ESDRAS oc Rv
*08.16 ( 2 ) Tempos de crise I oc rfx Rv
*08.17 ( 3 ) ENFRENTA a crise oc rfx Rv
*08.18 ( 4 ) CONSOLO na crise - oc rfx Rv
*08.19 ( 5 ) PREPARO às crises oc Rv
*08.29 ( 14) A R M A D U R A de Deus oc Rv
*10.23 > dia de SANTOS DUMONT
*09.16 > dia da Camada de Ozonio *oc
*09.17 Aquecimento global *
*10.09 .( 7 ) mãe é quem educa oc
*10.05 ( 5 )> Quem ama , educa ! oc
*10.10..( 8) .Problema de choro F.os
*.X Faça um folheto oc
*02.26 cInzas- PEQUEI ! oc Ts
*02.14 Carn- costume CARNAVAL oc
*03.08 Dia da mulher 08.03 oc
*04.07 A B D I C O! dia 07.04 Hist oc
*05.04 se TRABALHA, come... oc
*05.17 Mãe e CULPA Ed Fiel oc
*23 Você é Responsável ! 23 DE MAIO oc
*06.17 PRIORIDADES... oc
*05.24 P E N T E C O S T E S , 50 dias oc
*05.27....ESP STO : não entristecer ( 4 ) oc
*06.30 sobre SJoão e SPedro oc
*07.15 MARATONA cristã ( 2 ) oc
*07.14 MARATONA cristã ( 1 ) oc
*07.16 MARATONA cristã ( 3 ) oc
*07.17 N/ POSIÇÃO: EM CRISTO ( 4 ) oc
*07.18 ! Nas igrejas mas NÂO salvos ( 5 )
*07.23 Cristão carnal ( 8 ) oc
*07.22 Viver pela fé (7) Oc
*07.21 Cristo, a ÚNICA resposta ( 6 ) oc
*07.24 DE DENTRO p/ FORA ( 9 ) oc
*07.27 vida MOLDADA no NT (12) oc
*07.25 > Para QUÊ está aqui ? ( 10) oc
*07.26 > O FRUTO do ESPÍRITO (11) oc
*08.01 sobre o SELO ...oc
*08.26 ( 11 ) Como V E N C E R o mal ? oc Rv
*09 25 ( 1 ) Tempo de renovar * oc
*09.11 > 11 SET_ Atitude na tragédia*
*09.19 Cristãos têm símbolos? *oc
* 08.30 ( 15 ) Lutando J U N T O S oc Rv
*12.25 X ...Graça Manifesta
*07.01 Tempo de férias oc dks
*02.04 aulas- FOCA nos objetivos ( aulas) oc
*02.05 metas - INDO juntos ixts oc
*02.21 carn - POR QUE Fantasias ? oc
*04.14 x sáb pós cruz NÃO OUVIRAM... oc
*04.18 Missões aos índios oc
*04.18 Tradução da Bíblia oc
*05.22 A ascensão de Jesus ( 1 ) oc
*07.04 Ler com os Filhos oc
*07.19 FIFA FAZ FEIO ... oc
*08.28 ( 13 ) Q U E M ... vai à luta? oc Rv
*09 05 Perdão: renova o íntimo oc Rv
*09.04 Jesus disse: EU SOU ... oc Rv
*09.30 ( 5 ) Renovação do líder cristão *oc
*09.22 > dia SEM CARRO* ??? oc xx
*09.28 ( 3 ) Renovar A MENTE ... oc
*09.27 > Dia do I D O S O 27.09 oc
*10.03...(1) dia/ mês da criança oc
*10.12 APARECIDA oc
*10.15 ( 1 ) dia do P R O F E S S O R oc
*10.18 > > > Deus Criador oc
*10.26 ( 1 ) Como surgiu o livro oc
*11.08 DESACELERA dks
*12.07 X Precisamos falar oc
*12.04 BÍBLIA: Como chegou a nós ? esc
* xxxxx ( repete why 25.12) oc
*12.19 PAPAI NOEL: quem é ? oc
ONDE COMEÇA O ANO NOVO? oc
*01.02 Já leu a Bíblia toda? oc
*02.15 carn - Carnaval e sexo oc
*04.29 Noras e sogras oc
*06.01 Meio do ano: JÁ !
*08.15 ( 1 ) Espada do Espírito oc Rv
X 31.12 Tempo de Mudar oc
*12.24 Afinal, o que significa...
*12.26 X Anjos aos pastores
*01.03 Devoci.S jan. REPETIDO oc
*02.22 Paraíso dos trouxas oc
*02.16 carn- Alegria ou PRAZER ? oc
*02.20 carn - 'Tô nem aí...' oc
*03.29 A quem não viveu o gov. militar
*07.02 Férias: passeios oc
*08.25 > D I A do S O L D A D O oc
*08.22 ( 8 ) Táticas do inimigo , Queda
*08.24 ( 10 ) Táticas em N E E M I A S oc
*00 Programe os feriados oc
* ( 9 ) Passeios com os filhos oc
* Dia da Bíblia 2o domingo oc
* Converse com seu filho oc
*12.09 HIST: de Jesus a HOJE... oc
*12.15 ... Feriado pagão?
*12.20 Coca Cola e Noel
*01.05 ESTE ANO... oc
*02.18 carn - O que te move?
04.09 x Por que um burrico? oc
*03.01 x Apenas UM caracol ' oc
04.7 dia mundial da saúde
*05.01 é FERIADO oc
*07.28 DIA dos A V Ó S , 26.07
*09.01 ESPERANÇA I oc
*09.03 ORGANIZAR FAZ BEM oc
*09.18 > dia dos SÍMBOLOS NACIONAIS oc
*09.21 dia da árvore
*12.28 O Tempo não existe oc
*11.07 Termine bem o ano oc
*11.19 >> dia da B A N D E I R A oc
*12.03 Doando-se no Natal oc
*12.15 dks 5 - TICANDO A LISTA oc
*12.11 ( 1 ) QUEM É JESUS? oc
*12.25 x Jesus é o presente de Deus
*01.00 Devocionais de janeiro oc
*03.02 série > às MULHERES
MAIO: últ sáb > Dia da Evangelização Mundial ev
*09.02 esperança - cópia!!! ) oc
*11.01 DIA de TODOS os santos
*12.04 @xxxxxxxxxxxxxxxxxx oc
*01.02 INTERESSANTE! oc
*01.04 DESAPEGA!
* Rumores de guerra oc
*09.06 oremos pelo Brasil
*04.13 Sacrificios VT e NT (oc)
*05.24 ESP STO no VT ( 1 )
*05.25 ... ESP STO no NT (2)
*05.26 ESP STO : ordens ( 3 )
*09.08 Deus busca INTERCESSORES oc
*10.11 UM FERIADO...
*10.28 > L I V R O, sua imortância
* ( 10) Discípulo, discipula! oc
*11.06x Ressurreição oc
*12.22 vamos ler juntos! oc
*05.09 APENAS UM... oc
*02.12 carn -Carnaval, 2021...em silêncio! oc
*04.15 dom. da RESSURREIÇÃO oc
*04.16 andar com o ressurreto oc
*05.02 Homem e o TRABALHO oc
*06.15 @ sete tipos de amor oc
*06.22 E os SOLTEIROS!!! oc
*07.06 OUSE CONSIDERAR oc
*10.16 ( 2 ) ser PROFESSOR oc
*11.27 ( 4 ) em tudo, mesmo? oc
teste de texto
*05.23 Jesus e o ESP SANTO
*12.27 *NO ANO QUE VEM...
* Jesus ressurreto: HOJE ( 3 )
*10.27 ( 2 ) Escrituras chegam a nós oc
> > > > > > > > > > > > OCASIÕES de DEZEMBRO
> > > > > > > > > > > > OCASIÕES de NOVEMBRO
> >>>>>>>>>>>>>>>> OCASIÕES de OUTUBRO
>>>>>>>>>>>>>>>>> OCASIÕES de SETEMBRO
>>>>>>>>>>>>>>>>>> OCASIÕES de AGOSTO
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> OCASIÕES de JULHO
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> OCASIÕES de JUNHO
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> OCASIÕES de MAIO
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> OCASIÕES de ABRIL
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> >> OCASIÕES de MARÇO
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> OCASIÕES de FEVEREIRO
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> OCASIÕES de JANEIRO
recado final ok
dentro ou fora da IGREJA de JESUS, oc
...NÃO DEIS LUGAR... oc
Lidando com a tragédia
ESPERANÇA en Deus
CHAMADO à SANTIFICAÇÃO oc
Alegre no Natal? oc
Lenço dobrado
 



05 ...DEZ perseguições hist.ig

cap 05  NT     div  dez perseguições >HIST DA IGREJA

Jesus preveniou à igreja de Esmirna: Ap 2.10 Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados;
e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

 As dez fases de perseguições aos cristãos prevenidas por Jesus:   

 64 –  68 AD      Nero

 95 -   96           Domiciano

100 – 115          Trajano

168  - 177           AURÉLIO

207 -  210           Severo

235 -  237           Maximiniano

250 -  253           Décio

257 -  260           Valeriano

276                    Aureliano

303 -  310           Diocleciano

 

OS CRISTÃOS FORAM PERSEGUIDOS POIS INCOMODAVAM O IMPÉRIO ROMANO

>  Na realidade,  Roma  via nos cristãos uma ameaça pois eles ousavam desafiar Cesar

TAMBÉM :

Incomodava o Império  o crescimento e  “mistérios” que envolviam os cristãos:
> estes
se negavam a participar das cerimônias religiosas regulares realizadas pelos romanos, bem como aceitar que o imperador fosse adorado como um deus.
                       Este foi o principal motivo das perseguições.
                      Mas, também existiam outros motivos, como por exemplo:
1-  Religiosos: As reuniões dos cristãos despertavam suspeitas, por isso foram acusados de praticarem atos imorais e criminosos durante a celebração da Ceia do Senhor. Eles se reuniam antes do nascer do sol, ou então à noite, quase sempre em cavernas ou nas catacumbas subterrâneas. Eram acusados de incesto, de canibalismo e de praticas desumanas, a ponto de serem acusados de infanticídio em adoração ao seu Deus. A saudação com o ósculo santo (beijo) foi transformado em forma de conduta imoral.
2- Políticos: Os cristãos rejeitavam a escravidão e a adoração ao imperador. A adoração ao imperador era considerada prova de lealdade. Havia estátuas de imperadores reinantes nos lugares mais visíveis para o povo adorar. Só que os cristãos não faziam essa adoração. Pelo fato de cantarem hinos e louvores e adorarem a “outro Rei, um tal Jesus”, eram considerados pelo povo como desleais e conspiradores de uma revolução. Dentro da igreja misturavam escravos com o povo. E o que era considerado mais absurdo, o escravo podia tornar-se líder da igreja. Não havia dentro da igreja a divisão: senhor e escravo, os dois eram tratados de forma igual.

Primeiras perseguições   A primeira tomada de posição do Estado Romano contra os Cristãos remonta ao
imperador Cláudio (41-54 d.C). Os historiadores Suetônio e Dione Cássio : referem que Cláudio mandou expulsar os judeus  de Roma porque estavam continuamente em litígio entre si por causa de um certo  Chrestos. «Estaríamos diante das primeiras reações provocadas pela mensagem cristã na comunidade de Roma», comenta Karl Baus.      J
Por isso, Àquila e Priscila , judeus cristãos tiveram de sair  de Roma
                                   e foram para Corínto onde encontraram Paulo
  
Atos  18.2
 E encontrando um judeu por nome Áqüila, natural do Ponto, que pouco antes viera da Itália, e [Priscila], sua mulher (porque Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma), foi ter com eles... como eram do mesmo ofício( faziam tendas) ’ 
  
                                      Mais tarde, foram  com Paulo para  Éfeso,   Atos 18. 18-19  

 

    O historiador Gaio Suetônio Tranquilo (70-140 c.), funcionário imperial de alto nível sob Trajano e Adriano, intelectual e conselheiro do imperador, justificará a decisão e as sucessivas intervenções do Estado contra os Cristãos definindo-os como «superstição nova e maléfica»; palavras muito pesadas. Como superstição, o cristianismo é relacionado com as mágicas. Para os romanos ela é aquele conjunto de práticas irracionais que magos e feiticeiros de personalidade sinistra usam para enganar a gente ignorante, sem educação filosófica.
Magia é o irracional contra o racional, o conhecimento vulgar contra o conhecimento filosófico. A acusação de magia (como também de loucura) é uma arma com que o Estado Romano timbra e submete ao controle os novos e duvidosos componentes da sociedade como o cristianismo.
Com a palavra maléfica (= portadora de males) é encorajada a obtusa suspeita do povinho que imagina essa novidade (como qualquer novidade) impregnada dos delitos mais inomináveis e, portanto, causa dos males que de vez em quando se desencadeiam inexplicavelmente, da peste aos aluviões, da carestia à invasão dos bárbaros.

Corpo aberto mas etnia fechada e desconfiada

O Império Romano é (e manifestar-se-á especialmente nas perseguições contra os Cristãos) como um grande campo aberto, disposto a assimilar qualquer novo povo que abandone a própria identidade, mas também uma etnia fechada e desconfiada. Com a palavra etnia, grupo étnico (éthnos em grego) indicamos um agregado social que se distingue pela língua e cultura, desconfiada em relação a qualquer outra etnia.

Roma, com sua organização social de livres com todos os direitos e escravos sem qualquer direito, de patrícios ricos e de plebeus miseráveis, de centro explorador e periferia explorada, vive persuadida de ter realizado o sonho de Alexandre Magno: fazer a unidade da humanidade, fazer de cada homem livre um cidadão do mundo, e do império uma 'assembléia universal' (oikuméne) que coincide com a 'civilização humana'.

Quem quiser viver fora dela, manter a própria identidade para não se confundir com ela, é excluído da civilização humana. Roma tinha um grande temor dos 'estrangeiros', dos 'diferentes' que poderiam pôr em discussão a sua segurança. E assim como estabeleceu a 'concórdia universal' com a feroz eficiência de suas legiões, entende mantê-la também a golpes de espada, crucifixões, condenações aos trabalhos forçados, exílios. Numa palavra: Roma usa a 'limpeza étnica' como método para tutelar a própria tranqüila segurança de ser 'o mundo civil'.

Nero e os Cristãos vistos pelo intelectual Tácito

Um incêndio devastou 10 dos 14 bairros de Roma no ano 65. O imperador Nero, acusado pelo povo de ser o seu autor, lançou a culpa sobre os Cristãos. Inicia, assim, a primeira grande perseguição que durará até 68 e verá perecer, entre outros, os apóstolos Pedro e Paulo.

O grande historiador Tácito Cornélio (54-120), senador e cônsul, descreverá esse acontecimento em seus 'Anais', escrito no tempo de Trajano. Ele acusa Nero de ter injustamente culpado os Cristãos, mas declara-se convencido de que eles merecem as mais severas punições porque a sua superstição os leva a cometer infâmias. Não compartilha nem mesmo da compaixão que muitos experimentaram ao vê-los torturados. Eis a célebre página de Tácito: 
«Para acabar logo com as vozes públicas, Nero inventou os culpados, e submeteu a refinadíssimas penas aqueles que o povo chamava de cristãos, e que eram mal vistos pelas suas infâmias. O nome deles provinha de Cristo, que sob o reinado de Tibério fora condenado ao suplício por ordem do procurador Pôncio Pilatos.
Momentaneamente adormecida, essa superstição maléfica prorrompeu de novo, não só na Judéia, lugar de origem daquele flagelo, mas também em Roma onde tudo que seja vergonhoso e abominável acaba confluindo e encontrando a própria consagração.
«Foram inicialmente aprisionados os que faziam confissão aberta da crença. Depois, denunciados por estes, foi aprisionada uma grande multidão, não tanto porque acusados de terem provocado o incêndio, mas porque eram tidos como acesos de ódio contra o gênero humano.

«Os que se encaminhavam à morte estavam também expostos à burla: cobertos de pele de feras, morriam dilacerados pelos cães, ou eram crucificados, ou queimados vivos como tochas que serviam para iluminar as trevas quando o sol se punha. Nero tinha oferecido seus jardins para gozar desse espetáculo, enquanto oferecia os jogos do circo e, vestido como cocheiro misturava-se ao povo ou mantinha-se hirto sobre o coche.
«Embora os suplícios fossem contra gente culpada, que merecia tais tormentos originais, nascia por eles, um senso de piedade, porque eram sacrificados não em vista de um vantagem comum, mas pela crueldade do príncipe» (15,44).

Os cristãos eram, portanto, tidos também por Tácito como gente desprezível, capaz de crimes horrendos. Os crimes mais infames atribuídos aos cristãos eram o infanticídio ritual (como se na renovação da Ceia do Senhor, quando alimentavam-se da Eucaristia, sacrificassem uma criança e comessem suas carnes!) e o incesto (clara deformação do abraço da paz que se dava na celebração da Eucaristia 'entre irmãos e irmãs'). As acusações, nascidas do mexerico do povo simples, foram assim sancionadas pela autoridade do Imperador, que perseguia os cristãos e os condenava à morte.

A partir daquele momento (testemunha Tácito) acrescentou-se à conta dos Cristãos um novo crime: o ódio contra o gênero humano. Plínio o Jovem escreverá, ironicamente, que daquele momento em seguida poder-se-ia condenar qualquer um à morte.

Acusados de ateísmo

São muito poucas as notícias da perseguição que atingiu os Cristãos no ano 89, sob o imperador Domiciano. É, de particular importância, a notícia trazida pelo historiador grego Dione Cássio, que foi pretor e cônsul em Roma. Ele afirma no livro 67 da sua História Romana que sob Domiciano foram acusados e condenados 'por ateísmo' (ateòtes) o cônsul Flávio Clemente e sua mulher Domitila, e com eles muitos outros que «tinham adotado os costumes judaicos».
A acusação de ateísmo, nesse século, dirige-se a quem não considerava a majestade imperial como divindade absoluta. Domiciano, duríssimo restaurador da autoridade central, pretende o culto máximo à sua pessoa, centro e garantia da 'civilização romana'.

É admirável que um intelectual como Dione Cássio chame de 'ateísmo' a recusa do culto ao imperador. Significa que em Roma não se admite nenhuma idéia de Deus que não coincida com a majestade imperial. Quem tem uma idéia diversa é eliminado como gravemente perigoso à 'civilização romana'.

Plínio o Jovem, governador da Bitínia no Mar Negro, estava voltando em 111 de uma inspeção em sua populosa e rica província quando um incêndio devastou a capital, Nicomédia. Muito poderia ter sido salvo se houvessem bombeiros. Plínio relata ao imperador Trajano (98-117): «Cabe-te, senhor, avaliar a necessidade criar uma associação de bombeiros de 150 homens. De minha parte, farei com que essa associação não acolha senão bombeiros…».
Trajando responde recusando a iniciativa: «Não esqueças que a tua província está nas mãos de sociedades desse tipo. Qualquer que seja o seu nome, qualquer que seja a destinação que quisermos dar a homens reunidos em corporação, isso permite, sempre e rapidamente as hetérias. O temor das hetérias (nome grego das 'associações') prevaleceu sobre o medo dos incêndios.

O fenômeno era antigo. As associações de qualquer tipo que se transformavam em grupos políticos tinham levado César a interditar todas as associações no ano 7 a. C.: «Quem quer que forme uma associação sem autorização especial, é passível das mesmas penas dos que atacam à mão armada os lugares públicos e os templos». A lei estava sempre em vigor, mas as associações continuavam a florescer: dos barqueiros do Sena aos médicos de Avenches, dos mercantes de vinho de Lion aos trombeteiros de Lamesi. Todas defendiam os interesses de seus inscritos fazendo pressões sobre os poderes públicos.

Plínio não demorou em aplicar a interdição das hetérias num caso particular que lhe foi apresentado no outono de 112. A Bitínia estava cheia de Cristãos: «É uma multidão de gente de todas as idades, de todas as condições, espalhada pelas cidades, nas aldeias e nos campos», escreve ao Imperador. Continua dizendo que recebeu denúncias dos construtores de amuletos religiosos, perturbados pelos Cristãos que pregavam a inutilidade de tais bugigangas.

Instituíra uma espécie de processo para conhecer bem os fatos, e tinha descoberto que eles costumavam «reunir-se num dia fixo, antes do levantar-se do sol, cantar um hino a Cristo como a um deus, empenhar-se com juramento a não cometer crimes, a não cometer nem roubos, nem assaltos, nem adultérios, e a não faltar à palavra dada. Eles têm também o hábito de reunir-se para tomar a própria refeição que, apesar dos boatos, é alimento ordinário e inócuo».
Os cristãos não tinham cessado as reuniões nem mesmo depois do edito do governador que insistia na interdição das hetérias. Continuando a carta (10,96), Plínio refere ao Imperador que nada vê de mal nisso tudo. A recusa, porém, de oferecer incenso e vinho diante das estátuas do Imperador parece-lhe um ato sacrílego de desprezo. A obstinação dos Cristãos parece-lhe «irracional e tola».

Parece claro, da carta de Plínio, que caíram as absurdas acusações de infanticídio ritual e incesto. Permanecem a de «recusarem a oferecer culto ao Imperador» (portanto de lesa majestade), e da formação de hetérias.
O Imperador responde: «Os cristãos não devem ser perseguidos por ofício. Sendo, porém, denunciados e reconhecidos culpados, é preciso condená-los». Em outras palavras: Trajano encoraja a fechar um olho sobre eles: são uma hetéria inócua como os barqueiros do Sena e os vendedores de vinho de Lion. Uma vez, porém, que estão praticando uma «superstição irracional, tola e fanática» (como é julgada por Plínio e outros intelectuais do tempo, como Epíteto, e continuam a recusar o culto ao imperador (e portanto consideram-se «estranhos» à vida civil), não se pode fazer de conta que não há nada. Quando denunciados, sejam condenados.
Continua então (embora de forma menos rígida) o 'Não é lícito ser cristão'. Vítimas desse período são seguramente o bispo Simeão de Jerusalém, crucificado quando tinha 120 anos de idade, e Inácio Bispo de Antioquia, levado a Roma como cidadão romano, e aí justiçado. A mesma política, em relação aos Cristãos, é exercida pelos imperadores Adriano (117-138) e Antonino Pio (138-161).

Marco Aurélio: o cristianismo é uma loucura

Marco Aurélio (161 - 180), imperador filósofo, passou guerreando 17 dos seus 19 anos de império. Em suas Memórias, em que anotava todas as noites alguns pensamentos «para si mesmo», nota-se um grande desprezo pelo cristianismo. Considerava-o uma loucura porque propunha à gente comum, ignorante, uma maneira de comportar-se (fraternidade universal, perdão, sacrifício pelos outros sem esperar recompensa) que só os filósofos como ele podiam compreender e praticar ao final de longas meditações e disciplinas.

Ele proibiu, num rescrito de 176-7, que sectários fanáticos, com a introdução de cultos até então desconhecidos, pusessem em perigo a religião de Estado. A situação dos cristãos, sempre difícil, endureceu-se ainda mais com ele.

As comunidades florescentes da Ásia Menor, fundadas pelo apóstolo Paulo foram submetidas dia e noite a roubos e saques por parte da ralé. Em Roma, o filósofo Justino e um grupo de intelectuais cristãos foram condenados à morte. A florescente comunidade de Lion foi destruída sob a acusação de ateísmo e imoralidade. Pereceram entre torturas refinadas, também, a muito jovem Blandina, e Pôntico de quinze anos.

Os relatórios que chegaram até nós dão a entender que a opinião pública foi endurecendo em relação aos cristãos. Grandes calamidades públicas (das guerras à peste) despertaram a convicção de que os deuses estivessem encolerizados contra Roma. Quando percebeu-se que os cristãos ficavam ausentes das funções expiatórias, ordenadas pelo Imperador, o furor popular encontrou pretextos para excitar-se contra eles. A mesma situação continuou nos primeiros anos do imperador Cômodo, filho de Marco Aurélio. Sob o reinado de Marco Aurélio, a ofensiva dos intelectuais de Roma contra os Cristãos atingiu o auge.

«Freqüente e erroneamente - escreve Fábio Fuggiero - acredita-se que o mundo antigo tenha combatido a nova fé com as armas do direito e da política. Numa palavra, com as perseguições. Se isso pode ser verdade (embora apenas em parte) para o primeiro século da era cristã, já não o é a partir de meados do segundo século. Seja o mundo da 'gentios' (= pagãos) seja a Igreja compreendem, mais ou menos na mesma época, a necessidade de combater-se e de dialogar no terreno da argumentação filosófica e teológica.

«A cultura antiga, treinada por séculos em todas as subtilezas da dialética, pode opor armas intelectuais refinadíssimas ao complexo doutrinal cristão e, logo, a própria Igreja, tomando consciência da força que o pensamento clássico exerce como freio da expansão do evangelho, vê a necessidade de elaborar um pensamento filosófico e teológico genuinamente cristão, mas capaz ao mesmo tempo, de exprimir-se numa linguagem e em categorias culturais inteligíveis por parte do mundo greco-romano, no qual se vem inserindo sempre mais».

As argumentações dos intelectuais anticristãos

As argumentações de Marco Aurélio (121-180), Galeno (129-200), Luciano, Pelegrino Proteo e, especialmente, Celso (que escreveram suas obras na segunda metade do século segundo) podem-se condensar assim:
«A 'salvação' da insignificatividade da vida, da desordem dos acontecimentos, do aniquilamento da morte, da dor, só pode ser encontrada numa 'sabedoria filosófica' por parte de uma elite de raros intelectuais. Trata-se de uma loucura o fato de os cristãos colocarem esta 'salvação' na 'fé' num homem crucificado (como os escravos) na Palestina (uma província marginal) e declarado ressuscitado.
«O fato de os cristãos crerem na mensagem do crucificado, que se dirige preferencialmente aos marginalizados e pobres (à 'poeira humana') e que pregue a fraternidade universal (numa sociedade bem escalonada em pirâmide e considerada como 'ordem natural') é outra loucura intolerável, que incomoda, que revira tudo. É preciso eliminar os Cristãos como transgressores da civilização humana».

A crítica dos intelectuais anticristãos volta-se contra a própria idéia de 'revelação do alto', não baseada numa 'sabedoria filosófica'; contra as Escrituras cristãs, que têm contradições históricas, textuais, lógicas; contra os dogmas 'irracionais'; contra o fato do LOGOS de Deus fazer-se carne (Evangelho de João) e submeter-se à morte dos escravos; contra a moral cristã (fidelidade no matrimônio, honestidade, respeito pelos outros, ajuda recíproca), que pode ser alcançada por um pequeno grupo de filósofos, mas não certamente pela massa intelectualmente pobre.

Toda a doutrina cristã, para esses intelectuais, é loucura, como é loucura a pretensão da ressurreição (ou seja, da prevalência da vida sobre a morte), como é loucura a preferência de Deus pelos humildes e a fraternidade universal. É tudo irracional.

O filósofo grego Celso, em seu Discurso sobre a verdade, escreve: «Recolhendo gente ignorante, que pertence à mais vil população, os cristãos desprezam as honras e a púrpura, e chegam até mesmo a chamar-se indistintamente de irmãos e irmãs… O objeto de sua veneração é um homem punido com o último dos suplícios e, do lenho funesto da cruz, eles fazem um altar, como convém a depravados e criminosos».

As primeiras reações dos Cristãos

Por decênios, os cristãos permaneceram calados. Difundem-se com a força silenciosa da proibição. Opõem amor e martírio às acusações mais infamantes. É no segundo século que seus primeiros apologistas (Justino, Atenágoras, Taciano) negam, com a evidência dos fatos, as acusações mais infamantes, e procuram exprimir a própria fé (nascida em terra semítica e confiada a 'narrações') em termos culturalmente aceitáveis por um mundo embebido de filosofia greco-romana. Os 'tijolos' bem alinhados da mensagem de Jesus Cristo começam a ser organizados segundo uma estrutura arquitetônica que possa ser valorizada pelos greco-romanos. Serão Tertuliano, no Ocidente, e Orígenes, no Oriente (terceiro século), a darem uma forma sistemática e imponente a toda a 'sabedoria cristã'. Com os 'tijolos' da mensagem de Jesus Cristo tentar-se-á delinear a harmonia da basílica romana, como depois, com o passar dos séculos, tentar-se-á delinear a ousadia da basílica gótica, a sólida pacatez da catedral românica, o fasto da igreja barroca…

A grave crise do terceiro século (200-300)

O século terceiro vê Roma em gravíssima crise. As relações entre Cristianismo e império romano transformam-se, embora nem todos o percebam. A grande crise é assim descrita pelo historiador grego Herodiano: «Jamais houve, nos duzentos anos passados, um tão freqüente suceder-se de soberanos, nem tantas guerras civis e contra os povos limítrofes, nem tantos movimentos de povos. Houve uma quantidade incalculável de assaltos a cidades no interior do Império e em muitos países bárbaros, de terremotos e pestilências, de reis e usurpadores. Alguns deles exerceram o comando longamente, outros mantiveram o poder por brevíssimo tempo. Algum deles, proclamado imperador e glorificado, permaneceu um só dia e logo desapareceu».

O Império Romano estendera-se progressivamente com a conquista de novas províncias. A conquista continuada permitira a exploração de sempre novas vastíssimas terras (o Egito era o celeiro de Roma, a Espanha e as Gálias, a sua vinha e o seu olival). Roma apossara-se de sempre novas minas (a Dácia tinha sido conquistada pelas suas minas de ouro). As guerras de conquista tinham providenciado multidões infinitas de escravos (prisioneiros de guerra), mão-de-obra gratuita.

Em meados do século terceiro (por volta de 250) percebeu-se que a festa acabara. A Leste, formara-se o poderoso império Sassânida, que fez duríssimos ataques aos Romanos. Em 260 foram capturados o imperador Valeriano e todo o seu exército de 70 mil homens, e devastadas as províncias do Leste. A peste acabou com as legiões supérstites e espalhou-se por todo o Império. Ao Norte formara-se um outro aglomerado de povos fortes: os Godos. Espalharam-se pela Mésia e pela Dácia. O Imperador Décio e o seu exército tinham sido massacrados em 251. Os Godos desceram devastando do Norte até Esparta, Atenas, Ravena. Eram terríveis os amontoados de destroços que deixavam. A maior parte das pessoas cultas, que não puderam ser substituídas, perderam a vida ou tornaram-se escravas. A vida regrediu ao estado primitivo e selvagem. A agricultura e o comércio foram aniquilados.

Nesse tempo de grave incerteza cai a segurança garantida pelo Estado. Agora são os gentios (=pagãos) que se tornam 'irracionais', a confiar não mais na ordem imperial mas na proteção das divindades mais misteriosas e estranhas. Surge no Quirinal, em Roma, um templo à deusa egípcia Isis, o imperador Heliogábalo impõe a adoração do deu Sol, o povo recorre a ritos mágicos para manter a peste distante. Entretanto, mesmo no século terceiro dão-se anos de terríveis perseguições contra os cristãos. Não mais por causa da sua 'irracionalidade' (num mar de gente que se entrega a ritos mágicos, o cristianismo é agora o único sistema racional), mas em nome da renascida limpeza étnica. Muitos imperadores, mesmo sendo bárbaros de nascimento, vêem no retorno à unidade centralizada a única via de salvação. E decretam a extinção dos cristãos, sempre mais numerosos, para lançar fora da etnia romana esse 'corpo estranho', que se apresenta sempre mais como uma nova etnia, pronta a substituir aquela que já declina do império fundado nas armas, na rapina, na violência.

Setímio Severo, Maximino, Décio e Galo

Com Setímio Severo (193-211), fundador da dinastia siríaca, parece anunciar-se ao cristianismo uma fase de desenvolvimento não perturbado. Muitos cristãos ocupam posições influentes na corte. Só no décimo ano de seu reinado (202), o imperador muda radicalmente de atitude.

Em 202 surge um edito de Setímio Severo, que comina graves penas à passagem ao judaísmo e à religião cristã. A repentina mudança do imperador pode ser compreendida apenas pensando que ele percebera que os cristão estavam se unindo sempre mais fortemente numa sociedade religiosa universal e organizada, dotada de uma íntima forte capacidade de oposição que a ele, por considerações de política estatal, parece suspeita. As devastações mais vistosas foram sofridas pela célebre escola cristã de Alexandria e pelas comunidades cristãs da África.
Maximino Trace (235-238) teve uma reação violenta e brutal contra o que tinham sido amigos do seu predecessor, Alexandre Severo, tolerante com os cristãos. A igreja de Roma foi devastada com a deportação às minas da Sardenha dos dois chefes da comunidade cristã, o bispo Ponciano e o presbítero Hipólito.

A atitude para com os Cristãos não fora alterada entre a gente simples; demonstra-o a verdadeira caça aos cristãos desencadeada na Capadócia quando se acreditava ver neles os culpados de um terremoto. A revolta popular diz-nos o quanto os cristãos ainda fossem considerados 'estranhos e maléficos' pelo povo. (Cf. K. Baus, Le origini, p. 282-287).

Sob o imperador Décio (249-251) desencadeia a primeira perseguição sistemática contra a Igreja, com a intenção de desenraiza-la para sempre. Décio (sucessor de Filipe o Árabe, muito favorável aos cristão, se não ele mesmo cristão), é um senador originário da Panônia, e muito apegado às tradições romanas. Sentindo profundamente a desagregação política e econômica do império, acreditou que podia restaurar a sua unidade recolhendo todas as energias ao redor dos protetores do Estado. Todos os habitantes são obrigados a sacrificar aos deuses e recebem, depois disso, um certificado.
As comunidades cristãs estão abaladas pela tempestade. Quem recusa-se ao ato de submissão é preso, torturado, justiçado: como o bispo Fabiano em Roma e, com ele, muitos sacerdotes e leigos. Em Alexandria houve uma perseguição acompanhada de saques. Na Ásia, os mártires foram numerosos; entre eles, os bispos de Pérgamo, Antioquia, Jerusalém. O grande estudioso Orígenes foi submetido a uma tortura desumana, e sobreviveu quatro anos aos suplícios, reduzido a uma larva humana.

Nem todos os Cristãos suportam a perseguição. Muitos aceitam sacrificar. Outros, mediante suborno, obtêm escondidamente os famosos certificados. Entre eles, segundo a carta 67 de Cipriano, estão pelo menos dois bispos espanhóis. A perseguição, que parece golpear até à morte a Igreja, termina com a morte de Décio em batalha contra os Godos na planície de Dobrug (Romênia). (Cf. M. Clèvont, I Cristiani e il potere. P. 179s).

Os setes anos seguintes (250-257) são de tranqüilidade para a Igreja, perturbada apenas em Roma por uma breve onda de perseguição quando o imperador Trebônio Galo (251-253) manda prender o chefe da comunidade cristã Cornélio, mandando-o em exílio a Centum Cellae (Civitavecchia). Sua conduta foi devida, provavelmente, à condescendência aos humores do povo, que atribuía aos cristãos a culpa pela peste que assolava o império. O cristianismo continuava a ser visto como 'superstição' estranha e maléfica! (Cf. K. Baus, Le origini, p. 292).

Valeriano e as finanças do império

No quarto ano do reino de Valeriano (257) tem-se um improvisa, dura e cruenta perseguição dos cristãos. Não se tratou contudo de assunto religioso, mas econômico. Diante da precária situação do império, o conselheiro imperial (depois usurpador) Macriano induziu Valeriano a tentar tapar o rombo seqüestrando os bens dos cristãos ricos. Houve mártires ilustres (do bispo Cipriano ao papa Sisto II, ao diácono Loureço). Foi, porém, apenas um furto encoberto por motivos ideológicos, que terminou com o trágico fim de Valeriano. Em 259, ele caiu prisioneiro dos persas com todo o seu exército, foi obrigado à vida de escravo e morreu com tal.
Os quarenta anos de paz que se seguiram, favoreceram o desenvolvimento interno e externo da Igreja. Muitos cristãos acederam a altos cargos do Estado e demonstraram-se homens capazes e honestos.

O desastre financeiro cai nos braços de Diocleciano

Em 271 o imperador Aureliano ordenou aos soldados e cidadãos romanos que abandonassem aos Godos a vasta província da Dácia e suas minas de ouro: a defesa daquelas terras já tinha custado muito sangue.

Como não existiam mais províncias a conquistar e explorar, todas as tenções voltaram-se para o cidadão comum. Sobre eles abateram-se taxas, corvéias (= manutenção de aquedutos, canais, esgotos, estradas, edifícios públicos…) sempre mais onerosos. Já não se sabia, literalmente, se o trabalho realizado era para sobreviver ou para pagar as taxas.

Em 284, depois de uma brilhante carreira militar, Diocleciano, de origem dálmata, foi aclamado imperador. Desde então as taxas seriam pagas per capita e per jugero, ou seja, um tanto por cada pessoa e por cada pedaço de terra cultivável.
A coleta das taxas foi confiada a uma atilada e imensa burocracia, que tornava impossível fugir ao fisco, punia de modo desumano quem conseguia fazê-lo e custava muitíssimo ao estado.
As taxas eram tão pesadas que tiravam a vontade de trabalhar. A solução foi proibir que se abandonasse o lugar de trabalho, o pedaço de terra que se cultivava, a oficina, o uniforme militar.
«Teve início, dessa forma - escreve F. Oertel, professor de história antiga na Universidade de Bonn - a feroz tentativa do Estado de espremer a população até à última gota… Sob Diocleciano é realizado um socialismo integral de estado: terrorismo de funcionários, fortíssima limitação da ação individual, progressiva interferência estatal, pesadas taxações».

Perseguições de Galério em nome de Diocleciano

Os primeiros vinte anos do reino de Diocleciano não molestaram os cristãos. Em 303, como um golpe de cena, desencadeou-se a última perseguição contra eles. «É obra de Galério, o 'César' de Diocleciano», escreve F. Ruggiero. «Ele pôs fim em 303 à política prudente de Diocleciano, que se abstivera, embora nutrisse sentimentos tradicionalistas, de atos intransigentes e intolerantes». Quatro editos consecutivos (fevereiro de 303 - fevereiro de 304) impuseram aos cristãos a destruição das igrejas, o confisco dos bens, a entrega dos livros sagrados, a tortura até à morte para quem não sacrificasse em honra do imperador.
Como sempre, é difícil determinar os motivos que levaram Diocleciano a aprovar uma política do gênero. Pode-se supor que tenha sido objeto de pressões por parte de ambientes pagãos fanáticos, que estavam por detrás de Galério. Numa situação de 'angústia difusa' (como diz Dodds), só o retorno à antiga fé de Roma poderia, segundo Galério e seus amigos, unificar o povo e persuadi-lo a enfrentar tantos sacrifícios. Era preciso retornar às vetera instituta, isto é, às antigas leis e à tradicional disciplina romana.

A perseguição atingiu a sua máxima intensidade no Oriente, especialmente na Síria, Egito e Ásia Menor. A Diocleciano, que abdicou em 305, sucedeu como 'Augusto' Galério, e como 'César' Maximino Daia, que se demonstrou mais fanático do que ele.
Só em 311, seis dias antes de morrer de câncer na garganta, Galério emanou um irritado decreto com que detinha a perseguição. Com o decreto (que marcou historicamente a definitiva liberdade de ser cristão), Galério deplorava o obstinação, a loucura dos cristãos, que em grande número se tinham recusado a retornar à religião da antiga Roma; declarava que perseguir os cristãos tornara-se inútil; e exortava-os a rezar ao próprio Deus pela saúde do imperador.

Comentando o decreto, F. Ruggiero escreve: «Os cristãos foram um inimigo extremamente anômalo. Por mais de dois séculos Roma tinha procurado assimilá-los ao próprio tecido social… estavam fisicamente no interior da civitas Romana, mas por motivos diversos eram-lhe estranhos»; tinham finalmente determinado «uma radical transformação da própria civitas em sentido cristão».

A profunda revolução

As últimas perseguições sistemáticas do terceiro e quarto séculos resultaram ineficazes como aquelas esporádicas do primeiro e segundo séculos. A limpeza étnica invocada e apoiada pelos intelectuais greco-romanos não fora realizada. Porque?

Porque, à distância, as acusações indignadas de Celso resultaram o melhor elogio aos Cristãos: «recolhendo gente ignorante, pertencente à população mais vil, os cristãos desprezam as honras e a púrpura, e chegam até mesmo a chamar-se indistintamente de irmãos e irmãs».
O apelo à dignidade de toda pessoa, mesmo a mais humilde, a igualdade diante de Deus (o ponto mais revolucionário da mensagem cristã) tinha feito silenciosamente o seu caminho na consciência de tantas pessoas e de tantos povos, que os Romanos tinham relegado a posições miseráveis de nascidos escravos e de lixo humano.

As perseguições só se encerram totalmente depois do edito de Constantino I, em 321D.C..

Fontes: Santo Vivo.net / Wikipédia / Catacombe.Roma.it

Valter Pitta

 

Extr    http://imperioroma.blogspot.com.br/2010/03/perseguicao-aos-cristaos.html

 

 

As perseguições do Império aos cristãos.

O padre Negromonte, conhecido historiador e professor, divide as vitórias iniciais do cristianismo, em três etapas: vitória sobre o judaísmo; vitória sobre a força; e vitória sobre os erros. Falaremos nesse texto sobre as vitórias sobre a força. Quero que você membro do grupo, pense, ainda que só como hipótese, como teria sido, e os motivos de tantos martírios. Como você já sabe, a palavra martírio tem origem grega e se traduz por testemunho, nos casos narrados, testemunho com a própria vida.
Hoje vou apenas transcrever em resumo bem aproximado do texto original, trecho de um livro escolar de nível médio, ao tempo, bom tempo, em que se ensinava religião católica nas escolas.

64 >>>“Nero atira sobre os cristãos a culpa pelo incêndio de Roma em 64. Sob essa desculpa começam as perseguições romanas que embora mais numerosas do que dez sejam, por convenção didática consideradas em número de dez. Elas duram até o século IV ( quarto). Cada imperador dava às suas perseguições uma feição diferente.
                          Nero a partir de 64 queria o número.
 81-96 Domiciano  preferindo a qualidade das lideranças martirizou seu primo Flavio Clemente e expatriou sua esposa Domitila;
89-117  Trajano volta a declarar “Christianos est non licet”,
                               numa tradução mais popular: Cristãos fora da lei.
161-180  Marco Aurélio o imperador “filosofo” e poeta extinguia os intelectuais como inimigos de sua filosofia divina martirizando São Justino apologista; Santa Cecília da estirpe senatorial de Roma; e parte do povo cristão. Desde
202-211  Setimo Severo as perseguições se voltam contra a Igreja como tal. Impressionado com o crescimento do cristianismo no Império ele proíbe as conversões com a pena de morte. Tendo sido essa uma das mais terríveis perseguições. O próximo imperador,               
                    Alexandre Severo, 222-235, dá uma trégua aos cristãos. Todavia
235-238  Maximino, três anos, manda destruir o clero e seus templos.
                ( Lapso de dez anos). Para restabelecer o prestígio e a unidade do Império,
249-251  Décio decidiu suprimir o cristianismo pela apostasia, morria apenas aquele que não apostatasse. A resistência espantou o imperador, embora as defecções não fossem poucas. Os cristãos chamavam aos apostatas de lapisis (decaídos) e os excluíam da comunidade cristã. Tempos de radicalismo total.
253-260  Valeriano organizou a caça ao clero, martirizaram os Papas Estevão e Sixto II, e o célebre diácono Lourenço sendo essas as baixas mais famosas. Datam de então as galerias de despistamentos das catacumbas para dificultar as buscas.
260-269     Galiano restitui os templos e cemitérios chegando a considerar o cristianismo religião lícita. Depois de um duro decreto do imperador Aureliano, cuja morte não o deixou executar em 275, só rebentará outra perseguição em 303 que sendo a mais tremenda será, todavia, a última promovida pelo Império.
283-305    Diocleciano ordenou a destruição dos livros sagrados, a cassação de reuniões de cristãos e a morte a todos os cristãos que não abjurassem. Por todo o Império foi tão grande a devastação, que ele mandou erguer monumentos com a inscrição “Nomine chistianorum deleto”, algo no sentido de “cristãos exterminados”.

 

   Extr    http://g23hi.blogspot.com.br/2008/12/as-persigies-aos-cristos-promovidas.html 








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